O mundo da robótica é quase o posto disto. Dificuldades na obtenção de componentes, sensores com respostas não lineares, soldas frias, fios com encapamento derretido, motores sem especificação, ruídos, histerese, circuitos impressos, curtos-circuitos, queima de componentes, caixas, relés barulhentos, e por aí segue a confusão. Os tempos de resposta não são desprezíveis, e nem sempre previsíveis: algo que funciona em teoria na prática nem se move - ou, pelo contrário, sai saltando descontroladamente. É o mundo físico, cuidadosamente escondido nos computadores, que aflora com sofreguidão e sem piedade. É, tipicamente, um mundo "mal comportado", rebelde, que necessita ser domesticado.
Uma questão crucial no mundo da robótica é o relacionamento do robô com o ambiente: como interpretar o ambiente, quais variáveis devem ser lidas, quais são mais importantes, como agir em caso de conflito de informações, como detectar objetos e evitar colisões, como agir sobre o ambiente. Por trás de tudo isto haverá um programa de computador tentando ser inteligente, tentando tomar decisões, tentando otimizar o consumo de energia (problema crítico na robótica, e que deve ser levado em consideração na hora do projeto).
Antes de mais nada, um robô precisa ser concebido levando em consideração:
- em que meio (terra, ar, água, espaço sideral) o robô irá se locomover;
- quais tarefas irá realizar;
- que conhecimento terá do ambiente;
- como será controlado.
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