quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Ferromodelismo, o hobby “mais interessante do mundo”

O ferromodelismo é praticado desde a 2a metade do século XIX. As primeiras miniaturas de trens das quais se tem notícia foram fabricadas por artesãos alemães na década de 1830, e eram empurradas manualmente. Eram frágeis e não tinham partes móveis. Logo os franceses começaram a fabricar miniaturas de trens também, e os ingleses a seguir.  A fabricação era artesanal. Não eram realmente miniaturas; não havia escala padronizada e não havia compromisso com o realismo e os detalhes. Eram essencialmente brinquedos de luxo.

Em 1891, a fabricante de brinquedos alemã Märklin (ainda em atividade) apresentou um trem movido a mecanismo de relógio (corda). Foi a Märklin que também produziu a primeira miniatura de trem movida a eletricidade da Europa.

Durante a Exposição Universal de 1900 de Paris, diversos fabricantes lançaram modelos de trens com locomotivas, carros de passageiros, vagões de carga e réplica de estações. A partir daí o hobby começou a se popularizar na Europa e nos Estados Unidos. Já em 1905 surgiram os primeiros comandos elétricos, e os primeiros trilhos elétricos em 1930.

No Brasil, o ferromodelismo teve seu impulso inicial nos anos 60, com as empresas ATMA (já fechou) e Frateschi (ainda existente) lançando modelos de ferrovias e trens. Também nesta época foi fundada a Sociedade Brasileira de Ferromodelismo (SBF), cuja sede se situa no Modelódromo do Parque do Ibirapuera, São Paulo, onde foi finalizada a primeira maquete em 1972.

Para uma história detalhada do ferromodelismo no Brasil, veja o blog Centro-Oeste Brasil, uma extensa coletânea sobre ferrovias e ferromodelismo.

Hoje a atividade é relativamente popular, embora os custos envolvidos sejam consideráveis. Mas, como a maioria dos hobbies, é possível começar pequeno (e barato) e evoluir com o tempo e de acordo com os recursos disponíveis. Os entusiastas dizem que este é o hobby “mais interessante do mundo”.

Existem vários aspectos, de caráter mais técnico, que poderiam ser arrolados aqui, como tipos de alimentação elétrica, uso de micro controladores no ferromodelismo e outros, mas serão abordados em detalhe em outras postagens.

Mas atenção: o ferromodelismo custa espaço, tempo e dinheiro. Se você tem tempo sobrando, o ferromodelismo é uma bênção; se você tem pouco dinheiro, vá devagar, adquira apenas produtos nacionais e construa suas próprias casinhas; o espaço é realmente o fator mais crítico. O fato é que com R$ 1.000,00 e uma velha mesa dá para começar.

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